👇
Mirantes do Rio: Tijuca Mirim
Pico tem 917 metros de altitude e vista privilegiada: do local é possível ver a Serra dos Órgãos e o Dedo de Deus.
A imensidão verde no meio da cidade é privilégio carioca. Parte importante da identidade do Rio, o Parque Nacional da Tijuca tem 39 km² de área protegida.
Rochas muito antigas — de um bilhão e setecentos milhões de anos — formam a cadeia de montanhas do parque. É um convite diário: basta escolher uma montanha para descobrir o Rio por um ângulo diferente.
O Pico Tijuca Mirim tem 917 metros de altitude. Do local é possível ver boa parte da cidade, pontos turísticos e outros municípios, além de vários mirantes da Zona Norte. Para chegar ali é preciso algum esforço.
“Eu nasci em 1978 em Nova Friburgo. Lá fiquei até 1985, 7 anos de idade, um lugar que era maravilhoso, um paraíso”, explica o guia de turismo Bruce Moraes, um carioca de coração.
A adaptação à cidade grande não foi fácil para o guia: “Eu abria a janela e não tinha mais passarinho, não tinha cachorro, não tinha mais nada.”
Quando tinha 13 anos, o pai dele comprou a casa centenária, dentro da floresta, onde Bruce vive até hoje. Ele fez da paixão, o ganha-pão.
“A gente trabalha com trilhas, faz manejo de trilhas, orientação a turistas, apoio à fiscalização e coisas assim que estão fazendo bem à natureza.”
A partir do Parque Nacional da Tijuca são 2,2 km dentro da floresta até o Pico Tijuca Mirim. O guia explica que qualquer pessoa pode fazer a trilha, que é bem-sinalizada. Basta cumprir as normas do parque.
A trilha é moderada a leve, sem muitas subidas íngremes. O importante é olhar bem onde apoiar as mãos e ter cuidado onde pisar — é comum encontrar cobras e outros bichos no percurso.
Mas, chegar ao topo é recompensador e sempre motivo de alegria, principalmente pela vista.
É possível ver a Serra dos Órgãos e o Dedo de Deus. À direita, está a região de Salinas, em Friburgo. À esquerda, Petrópolis.
O circuito dos picos, dentro do Parque da Tijuca, tem 19 km de extensão e dezenas de mirantes para serem explorados.
De cima, é possível ver o Pico Andaraí Maior, o Sumaré, o Cristo Redentor, Pão de Açúcar e a Pedra da Gávea.
E bem pertinho está o Pico da Tijuca — ponto mais alto de toda a Zona Norte, com 1.021 metros de altitude.
Presidente construiu escadas, mas rei preferiu escalar
As escadas que fazem parte do local têm história.
“O presidente na época, Epitácio Pessoa, em 1920 convidou o Rei Alberto, da Bélgica, para fazer uma visita ao Rio de Janeiro. E ele soube que o Rei Alberto gostava muito de natureza, de montanhas, e pensou especificamente aqui no Pico da Tijuca. E achou que facilitando seria legal e mandou esculpir 117 degraus na rocha”, conta Bruce.
“O Rei Alberto chegou ali e, reza a lenda, disse: ‘não vou subir pela escada, vou subir pela pedra’. E subiu pela pedra.
O rei alpinista não gostou, mas as escadas seguem ali como parte da história do Pico da Tijuca.
“Quando a gente tem a oportunidade de chegar num mirante desse, recarregar as baterias, vê tudo com outro olhar, então você passa realmente a mudar, né? Tem outros olhos para isso tudo e essa cidade é o Rio de Janeiro, né?", diz Bruce.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
ESTE BLOG FOI FEITO PRA VC. FIQUE A VONTADE , Curte, Comente e Compartilhe.
VOLTE SEMPRE!