| Contemplados com a reserva de frisas serão conhecidos no dia 18 de novembro | |
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rio de janeiro e suas belezas
I LOVE YOU RJ
domingo, 2 de novembro de 2014
Pagamento dos ingressos das Frisas será à vista, de 24 a 26 de novembro
sábado, 1 de novembro de 2014
PROGRAMAÇAO/2015 - TODOS OS DIAS DE CARNAVAL
Você quer curtir o Carnaval 2015 no Rio de Janeiro? Quer ficar por dentro da Programação? No meu blog você pode antecipadamente desfrutar de todos os eventos que desejar.
Eventos - Dia a Dia
Carnaval 2015 do
Rio de Janeiro
TODOS OS DIAS DE CARNAVALDe 13 de fevereiro a 17 de fevereiroPraias de Copacabana e Ipanema -Todas as tardes
Cinelândia - Todas as noites
Lapa - Rio Folia à partir das 20:00
Terreirão do Samba - à partir das 20:00
Baile do Scala a partir das 23:00
PRICIPAIS EVENTOS
Sexta-feira, 13 de fevereiro
13:00 Cerimônia de Abertura - O Rei do Carnaval (Momo) é coroada pelo prefeito da cidade e recebe chaves da cidade
21:00 Desfiles dos Grupos de Acesso
Sábado, 14 de fevereiro
09:30 Banda de rua Cordão do Bola Preta (Centro da cidade)
16:00 Banda de Ipanema, concentração na Praça General Osório, Ipanema
20:00 Concorrência Bandas de Rua na Av. Rio Branco, Centro
21:00 Desfile das Escolas de Samba do Grupo da Série A
23:00 Baile Mágico no Hotel Copacabana Palace
Domingo, 15 de fevereiro
21:00 Desfile das Escolas de Samba do Grupo Especial
Segunda-feira, 16 de fevereiro
21:00 Desfile das Escolas de Samba do Grupo Especial
Terça-feira, 17 de fevereiro
16:00 Banda de Ipanema (último desfile de carnaval)
21:00 Desfile das Escolas de Samba Mirins
23:00 Baile Gay no Scala Rio
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
28 DE OUTUBRO DIA DE RESERVAR FRISAS PARA O CARNAVAL 2015
| Reservas de frisas para desfiles do Grupo Especial será nesta terça-feira, 28 de outubro, de 9 às 13 horas | |
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quinta-feira, 23 de outubro de 2014
ENREDO DA UNIDOS DA VIRADOURO PARA 2015
O ENREDO DA ESCOLA DE SAMBA VIRADOURO PARA 2015 AINDA NAO FOI DIVULGADO
JÁ ADIANTARAM O TÍTULO DO SAMBA ENREDO, MAS NAO DIVULGARAM O ENREDO
| SAMBA DEFINIDO | "Nas veias do Brasil, é a Viradouro em um dia de graça" | |
RIO DE JANEIRO CIDADE MARAVILHOSA
Rio dos cariocas,
das praias,
de São Sebastião.
Rio das moças douradas,
das escolas de samba,
de Garrincha e do Carnaval.
Este nosso Rio,
que parece ser o modelo
do Carnaval para o mundo,
abriga a emoção do
cidadão camarada,
das tribos e nações,
do samba em cada esquina,
da alegria e da predisposição de ser a Cidade, para sempre, Maravilhosa.
das praias,
de São Sebastião.
Rio das moças douradas,
das escolas de samba,
de Garrincha e do Carnaval.
Este nosso Rio,
que parece ser o modelo
do Carnaval para o mundo,
abriga a emoção do
cidadão camarada,
das tribos e nações,
do samba em cada esquina,
da alegria e da predisposição de ser a Cidade, para sempre, Maravilhosa.
CONHECENDO O ENREDO DA UNIDOS DA TIJUCA
Vale muito a pena ler pra poder conhecer e entender: o enredo e sua história quando sua escola de samba passar.
| "UM CONTO MARCADO NO TEMPO - O OLHAR SUÍÇO DE CLÓVIS BORNAY" |
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| Departamento de Carnaval: Mauro Quintaes, Annik Salmon, Hélcio Paim, Marcus Paulo e Carlos Carvalho Ainda me lembro, sentado aos pés do meu pai... entre as páginas dos livros, ouvindo suas histórias de uma terra mágica, viajava nos contos encantados que davam vida aos cavaleiros medievais montados em ginetes, cavalgando em direção aos montes gelados e brancos. Dragões alados sobrevoavam castelos e aldeias, o povo aterrorizado, fez um pacto até mesmo com o diabo para construir uma ponte e, assim, seguir seu caminho. Minha imaginação me embalava; ali eu estava, guardado pelas emoções o tempo não passava. Os ponteiros do relógio bailavam em prosa e verso, eu ali continuava, despertando personagens sem fronteiras nesse universo. Fiquei admirado com um bravo caçador, de pontaria certa, salvou seu filho da tirania fatal. Homem de bem, respeitado por todos, lutou pela independência de sua terra e pela liberdade de seu povo. Subindo aqueles montes gélidos, forrados por nobres estrelas brancas que caiam do céu, vivia um lendário gigante soprando ventos frios, congelando plantações e lagos ao léu. Eis que surge para salvar os que estavam a precisar, o anjo dos Alpes sempre pronto a zelar. A cada instante, minhas lembranças giravam como engrenagens de uma caixinha de música, dando vida a uma variedade de proezas e façanhas que jamais pude imaginar, onde em um instante tudo cabia no bolso, na palma da mão, tantas ferramentas em uma só. Em outra caixa, curioso fiquei, nelas senhas secretas que nem mesmo o tempo era capaz de apagar. De repente, deparo-me com um novo tempo que se forma, ponteiros a girar em todas as direções. "Uma nova hora começou! Aproveite-a sabiamente" - assim o cuco falou. Livros, então, passaram a registrar pensamentos e teorias escritas por um homem de mente brilhante e coração puro, que, no girar dos ponteiros, viajou a um futuro, transformando o tempo em fórmulas, fórmulas em sonhos, e sonhos em realidades. O tempo voa, o tempo vai, o tempo me leva na brilhante história de um viajante a planar entre o céu e o mar na aeronave que tem o sol a te alimentar. Assim, um novo tempo se anuncia. Pessoas que passam pessoas que vêm e que ficam. Bandeiras que voam, dançam e giram acompanhadas de trompas gigantes encantadas, soando uma melodia em perfeita harmonia. Mas vejam só: nessa história fascinante, um escultor transformou o movimento, alcançando todos seus desejos, fazendo com que sua arte fosse importante para aquela terra de cores. Cores que protegiam, em tempos distantes em que guardas fardados defendiam igrejas, vestindo ricos trajes. Cores que brincavam sobre folhas brancas, riscos e traços que conduziam a cadência pintavam o que eu não via. Atravesso, então, para um tempo futuro, nos filmes de máquinas e seres viajantes. Gotas de chuva caem do céu, passeiam entre as nuvens, descem montanhas, alimentam pastos e fontes. Entro em uma página que uma fábrica se faz presente. Sinto o gosto de tudo que já comi, de tudo que já bebi. Litros e mais litros do mais puro leite, repleto de aromas e sabores, são transformados em passe de mágica em queijos empilhados. E lá do alto vejo uma coroa a reluzir, nossa... existe um rei ali! Percebo o giro dos ponteiros, como a colher do cozinheiro mexendo sem parar. Cachos de uvas enfeitam todos os cantos. São cascatas e rios dos mais deliciosos chocolates, levando meu paladar a percorrer minhas lembranças. E o cuco? Novamente alegre a cantar, anuncia "A fábrica não pode parar!" As páginas do livro vão se acabando. Vejo que as histórias de ontem e de hoje misturam-se com as do amanhã. Percebo diante dos meus olhos uma avenida estendendo-se a mim, aqui e acolá, festas que duram o ano inteiro, até o sol brilhar. Foliões fantasiados fazem soar instrumentos, girando os ponteiros da engrenagem do tempo, bailando em versos despertando luzes acesas e o brilho das cores. Agora não mais uma criança e sim um folião a desfilar, ainda fascinado pelos contos daquele lugar. Encontro-me em meio à Sapucaí, de tantos carnavais, que sempre festejei. Escrevo mais um conto marcado no tempo, neste lugar de riquezas mil, laços Suíça-Tijuca-Brasil. Clóvis Bornay |
CONHECENDO O ENREDO DA IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE
Vale muito a pena ler pra poder conhecer e entender: o enredo e sua história quando sua escola de samba passar.
| AXÉ, NKENDA! UM RITUAL DE LIBERDADE E QUE A VOZ DA IGUALDADE SEJA SEMPRE A NOSSA VOZ! |
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| Carnavalesco: Cahê Rodrigues Pesquisa e Texto: Marta Queiroz e Cláudio Vieira "Ninguém nasce odiando uma pessoa por sua cor de pele ou religião. Pessoas são ensinadas a odiar. E se elas aprendem a odiar, elas podem ser ensinadas a amar." - Nelson Mandela Axé! Ouçam a voz do vento. Prestem atenção no que ela tem a nos contar. Lembra do tempo em que as estrelas coroavam o nosso pensamento e, com ele, começavam a brilhar. Nossos ancestrais conviviam em harmonia com a natureza e a sabedoria dos animais. Construíram uma gigantesca família, se espalharam pelo mundo e, por onde passavam, abriam novos caminhos para semear o amor e a paz. Naquele tempo, não havia longe, nem perto; nem errado, nem certo; e reinava uma exuberante floresta onde, hoje, padece o maior de todos os desertos. Caminhando pela savana, reunidos em torno da fogueira, celebrávamos a chegada e a partida, como se o direito de ir e vir fosse uma certeza prometida. Baobá, árvore querida... Aprendemos a cantar, o segredo da rima, rimando a pureza das palavras com a beleza da melodia: alegria com nobreza, mistérios com fantasia. Baobá, árvore querida... Conduz nosso canto até onde moram os deuses do infinito. E que eles cubram com o manto da noite o ventre de Mãe África, onde dormem as matrizes da vida. África, Triângulo Sagrado, banhado por um oceano de cada lado. Ao Norte, o próspero Mediterrâneo; a Leste, o reluzente Índico; a oeste, o tenebroso Atlântico. Ao Norte, entre o mar e o Saara, brotaram as suas primeiras civilizações, verdadeiras joias-raras: o esplendor do Egito, o empreendedor Cartago e o Marrocos de Alah. A Leste, velas tremulavam, salpicando o mar. Traziam sedas da China, tapetes da Pérsia e temperos da Índia. Do Reino do Sudão levavam o ouro e outros metais preciosos. Entre os paralelos do Equador, existe uma majestosa floresta, onde o homem não se cansa de tirar, nem os deuses se cansam de repor. Além de árvores, plantas e espécies fantásticas, existem rios e cachoeiras que os nossos olhos são poucos para admirar. Não existe na Terra, tamanha diversidade, incrível quantidade de vegetais e animais - embora, não faça muito tempo, houvesse muito mais. São Zulus, Massais, Bantos, Mossis, Bokongos e Hauçás clamando por liberdade e paz! Os mistérios da Natureza vão além da compreensão. Explode o raio, grita o trovão, a cheia inunda o vale, a terra vomita fogo pela boca do vulcão. A cachoeira chora, a lua cheia anuncia que algo acontecerá antes do raiar do dia. Ao som de tambores, lendas, mistérios, curas e magia constroem mitos e aventuras, cultos e culturas. Essa é a nossa liturgia. Vivemos numa terra de contrastes permanentes. O mais velho dos continentes possui a população mais jovem do planeta - com sonhos ainda latentes. Também pudera... Nenhum outro continente sofreu tantas transformações, tantas violações, em tão pouco tempo! Nossos guerreiros não conseguiram impedir a marcha do invasor. Suas preces foram sufocadas pelos canhões. Perdemos nossos bens, muitas vidas, dialetos e nações. O pranto foi pouco para tanta dor... Fomos submetidos aos mais diferentes tipos de colonialismo. Aprendemos as mais contundentes formas de respeitar o "senhor". A pior delas foi o racismo - linha reta entre quem manda e é mandado. Nos impuseram uma nova etnia, religiões, obrigações, devoções e economia. Fomos escravizados à tecnologia, em nome de um mundo "civilizado". Pelas janelas do Atlântico, nossos olhos ainda choram amargas lembranças, vendo nossos irmãos partirem para terras desconhecidas. Não houve despedida, nenhuma notícia, nenhuma esperança. Uma delas fica do outro lado do oceano e se chama Brasil. É uma terra muito parecida com a nossa: tem florestas, praias, muitos rios, clima quente, clima frio, gente que ginga, brinca e que também faz festa na roça. Irmãos do Congo, Angola, Daomé, Gaô e Jané foram levados para lá. Carregaram na lembrança nossos deuses, nossas danças, nossa música, bebidas e comilanças, misturando nosso sangue ao brasileiro. É por isso que eles são tão festeiros. Não fazem uma roda sem que haja um tambor, berimbau, reco-reco e agogô. Cantam em iorubá, rimam em nagô e começam a sambar. O que era uma roda vira festa, colorindo o país de Norte a Sul. Vem maracatu... boi-bumbá, congada, capoeira, reisado, umbigada, é jongo a noite inteira. Como num rap, ou num partido-alto, criam vários sentidos com a magia das palavras... Acarajé, quibebe, munguzá, Caruru, abrazô, vatapá... "Gererê, sarará, cururu Olerê! Balá-blá-blá, bafafá, sururu. Olará!" E vejam só que interessante... Depois das lágrimas de uma chegada angustiante, nasceram festas e folias que alegram o povo até os nossos dias. Nossos irmãos rezavam para os deuses que não eram seus. Cantavam músicas que não eram suas. E fechavam as procissões que se arrastavam pelas ruas. Foi assim que aprenderam a desfilar. Nasceram irmandades de bambas, organizadas como verdadeiras Escolas de Samba! Que, aliás, são Escolas de Cultura e Arte Africanas! Nelas se aprende as coisas mais elementares da vida: Por exemplo... uma banana, subvertida como símbolo de racismo, na verdade é o africanismo mais popular do Brasil... E se não devemos dar asas para o mal, podemos transformá-lo numa brincadeira de carnaval. Que tal? Cantemos a LIBERDADE! E para que ela abrisse as asas sobre nós, tivemos que ser fortes de verdade. Aprendemos com Zumbi, com os Malês, Manoel Congo, João Cândido e outros irmãos que já não estão aqui. Mas deixaram um caminho a seguir. Aprendi que a vida é um permanente ritual de liberdade. Lutando por justiça, movimentos se espalharam pelo mundo inteiro. Estão documentados nos livros, no cinema, no teatro, na música, nas artes plásticas, nos grafites, por toda parte. Foi por ela que dediquei toda a minha existência. E faria tudo novamente. Para que esta mensagem fosse tão transparente como as nossas águas, buscamos um caminho sem mágoas, procurando sempre a simplicidade. É como a África, mãe de tantas diversidades, lutando sempre por justiça. Foi a forma que encontramos para mostrar a verdade. Precisamos semear nos livros, nas escolas, nas mentes e nos corações. Precisamos reconstruir o continente africano e a mentalidade de muitos. Precisamos escrever uma nova História de Vida, pontuada de ações humanas, fraternas e solidárias! Precisamos despertar em nossos irmãos, o mais difícil de todos os desejos: o de aprender a amar. Para que, então, a voz da igualdade seja sempre a nossa voz Este será o nosso maior desafio. Axé, Nkenda! Nelson Mandela Céu - Departamento da África do Sul, Mvezo GLOSSÁRIO NKENDA - Amor, segundo o Kimbundu, língua africana falada no Noroeste de Angola. BAOBÁ (Andansonia digitata) - Também chamado de embondeiro. Árvore que pode atingir 25 m de altura e 7 m de diâmetro. É a árvore nacional de Madagascar, emblema do Senegal e considerada sagrada em todo o continente africano. ZULUS, MASSAIS, BANTOS, MOSSIS, BOKONGOS e HAUÇÁS - Algumas das mais tradicionais etnias africanas. Acarajé, quibebe, munguzá, caruru, abrazô, vatapá - Comidas e iguarias da culinária africana. "Gererê, sarará, cururu/ Olerê!/ Balá-blá-blá, bafafá, sururu/ Olará!" - trecho da letra de "Querelas do Brasil", música de Maurício Tapajós e Aldir Blanc, gravada por Elis Regina. |
CONHECENDO O ENREDO DA UNIÃO DA ILHA
Vale muito a pena ler pra poder conhecer e entender: o enredo e sua história quando sua escola de samba passar.
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CONHECENDO O ENREDO DA BEIJA-FLOR
Vale muito a pena ler pra poder conhecer e entender: o enredo e sua história quando sua escola de samba passar.
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CONHECENDO O ENREDO DA PORTELA
Vale muito a pena ler pra poder conhecer e entender: o enredo e sua história quando sua escola de samba passar.
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quarta-feira, 22 de outubro de 2014
CONHECENDO O ENREDO DA SÃO CLEMENTE
Vale muito a pena ler pra poder conhecer e entender: o enredo e sua história quando sua escola de samba passar.
| "A INCRÍVEL HISTÓRIA DO HOMEM QUE SÓ TINHA MEDO DA MATINTA PERERA, DA TOCANDIRA E DA ONÇA PÉ DE BOI" |
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| Carnavalesca: Rosa Magalhães Em Rio Branco era assim, um florestão envolvendo a cidade. Ninguém adentrava na mata - "Tá doido, seu?" - era habitada pela bruxa Matinta Perera, que calava o uirapuru mas que sumia com a chuvarada, por um bicho brabo, o gogó de sola, de dentada perigosa feito cobra, pela formiga tocandira, pela onça do pé de boi, que todo mundo jura que existia, com pé de boi e tudo. Pois foi lá nesse lugar tão longe que nosso personagem passou a infância. Foi crescendo até que um dia chegou a hora de voltar para o Rio de Janeiro, sua terra natal e onde passaria o resto de sua vida. No lido é que começou a brincar carnaval, ouvindo "Mamãe eu quero" e "Touradas de Madrid". O bloco de sujo que fazia parte ensaiava no cemitério. A molecada se encontrava perto da quadra IV, que ainda estava em construção, e os defuntos ali enterrados não reclamavam do barulho. "A avenida Rio Branco era um deslumbramento só" - mão dupla, tudo decorado, cheia de grupos fantasiados. Entre os carros, desfilavam os cordões, grupos e blocos com muitos pierrôs, arlequins, tiroleses, holandeses e muitas colombinas também. Passa o tempo, passa a guerra, passa a ditadura Vargas, o tempo vai correndo e nosso heroi vai se tornando mais adulto e mais valente. Essa avenida Rio Branco, dos desfiles carnavalescos, era a mesma que abrigava o Teatro Municipal. a Biblioteca Nacional, o Museu e a Escola de Belas Artes. E lá foi ele, atraído pelas artes, para a tal escola, e também para o teatro, onde trabalhou por muito tempo. Foi desse local, numa janela do andar superior, seu camarote exclusivo, que viu pela primeira vez um desfile de escola de samba, com Natal reclamando e a Portela evoluindo, ali, naquela mesma avenida. Um dia, foi convidado para fazer parte do júri das escolas de samba. Aceitou. E foi também na Avenida Rio Branco que, encarapitado num palanque de madeira, viu um desfile bastante sui-generis. "A primeira escola quebrou o eixo do carro... Que entre a segunda... Mas a segunda só entraria se a primeira entrasse...Então que entre a terceira... E nada da terceira, e nada da quarta também - Às onze e meia da noite, chega alguém avisando que a quinta iria desfilar - até que enfim..." A quinta era o Salgueiro, apresentando enredo sobre Debret - o que cativou nosso jurado: em vez de "Panteão de Glória", "Batalhas de Tuiuti", etc., cantava um artista - Debret. Foi desse dia em diante que nosso personagem tornou-se carnavalesco e salgueirense - as cores vermelho e branco ainda por cima o remetiam ao time de futebol lá do Rio Branco, quando ainda era menino. Não espera receber o convite para desenvolver o enredo para o Salgueiro, no ano seguinte. Escolheu a resistência negra durante o período da escravidão, Nzambi dos Palmares, ou Zumbi dos Palmares, assunto que não era focalizado pelas escolas. Virou filme, e Zumbi hoje é símbolo de resistência. Descobriu para o povo não só o Nzambi como Xica da Silva (foi um estouro!), Aleijadinho, e acabou desencavando um enredo sobre uma visita de um rei negro a Mauricio de Nassau - cuja música foi cantada não só no carnaval como em estádios de futebol, casamentos, e até hoje faz sucesso - "Olêlê, Olálá, Pega no Ganzê, Pega no Ganzá". Apesar das vitórias, havia uma certa crítica negativa a ele, dizendo que não se deveria interferir numa manifestação popular. Tinham esquecido que, desde a década de 40, as escolas contratavam artistas eruditos e profissionais para realizarem seus enredos. No ano do IV Centenário da Cidade do Rio de Janeiro, o tema escolhido foi "História do Carnaval Carioca", que retratava o carnaval carioca e o baile dos pierrôs, produzido por Eneida todo ano. Jogaram muito confete e serpentina durante o desfile, e os garis estavam esperando o Salgueiro sair da avenida para limpar tudo antes do desfile da Portela. Provocativos, os salgueirenses disseram que aquela era a comissão de frente da Portela. Os portelenses obrigaram os garis a irem limpando a pista no final do desfile do Salgueiro. Foi a apoteose - !Puxa, não esqueceram nada, tem até os garis limpando o final da festa!". Esses garis foram aproveitados mais tarde pelo Joãosinho Trinta no seu famoso desfile dos Ratos e Urubus. Na época, João era aderecista e bailarino. Acabou abandonando a dança e tornou-se carnavalesco, mas esta já é uma outra história... O nosso heroi fez outros carnavais vitoriosos. Depois, passou a bola adiante e foi se dedicar a vários afazeres nas TVs para as quais trabalhava. Um dia, cansado da vida, foi embora, acho que um pouco contrariado, pois viver foi sempre uma aventura que encarou sem medo. Deve ter sido recebido por uma extensa corte - Nzambi, Aleijadinho, Xica da Silva e outros tantos negros e mulatos que fazem parte da cultura deste país mulato. Agitando bandeirinhas, eles gritaram em coro: "Pamplona, Pamplona, Pamplona.." Rosa Magalhães |
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