INTRODUÇÃO
Embalada por violas enluaradas e sanfonas arretadas, a Imperatriz foi buscar inspiração na Música Sertaneja pra falar com o coração.
Sem fazer nenhum segredo, pedimos a ela pra contar a saga do nosso enredo, escrito nas pontas dos dedos, em cordas de dedilhar.
Meus senhores e senhoras, venham pro meio dessa roda e ajudem a versejar. Nosso show começa agora, e antes que a gente vá embora, Mãe Sertaneja tem muito pra falar...
SINOPSE
1o SETOR: SONHO CAIPIRA
”Prepare o seu coração Pras coisas Que eu vou contar Eu venho lá do sertão Eu venho lá do sertão E posso não lhe agradar...”
- DISPARADA (Jair Rodrigues; Autores: Geraldo Vandré e Theo Barros)
Vou abrir o coração como se fosse a porteira da fazenda onde nasci... Canto as coisas de minha gente. Gente sofrida, esquecida nas lonjuras desse país. Gente que trabalha, semeia, ponteia e encontra na viola, um caminho pra ser feliz. Gente que tem raça, tropeça e levanta, e ainda faz graça quando abraça a sanfona, embalando a vida que vem lá da raiz.
Vou falar de minhas andanças, de partidas e cheganças. Venho com as minhas crianças e trago na mala muita esperança!
Chego com uma imensa saudade das riquezas que deixei por lá: da família reunida em casa, do rádio em cima da mesa, da santinha que brilha no altar, do galo que anuncia a certeza de um novo dia para se trabalhar.
Do alto da Serra Dourada, a terra parece bordada com girassois, soja, sorgo e trigo. E uma banda de espantalhos Toca desafinada, espantando o inimigo.
Os corvos fogem, em busca de abrigo e vão se esconder nos canaviais, onde moram as abelhas rainhas, que reinam nesse verde-esperança chamado Goiás.
2o SETOR: TERRA - SEMEANDO SONHOS
“E a colheita que encheu a tulha, Da tulha o grão para a cidade vai. A terra dorme e ele não descansa Sempre na esperança de colher bem mais...”
- A COLHEITA (Chitãozinho e Xororó; Autores: José Fortuna e Carlos Cezar)
Estamos celebrando a colheita que nasceu em nossas mãos. Plantamos grão por grão e é por isso que acreditamos. Que um sonho jamais será em vão. É daí que vem a nossa união: eles tocam, versam e eu canto a nossa alegria! Pura magia, doce encanto. Pois “até o presidente come o que eu planto...” (*1)
Em cada plantação existe um segredo, um pacto entre lavrador e semente, do nascente ao poente. O homem precisa de trabalho para criar os seus filhos e torná-los honrados, dourados como a barba do milho.
3o SETOR: MÚSICA – MÃE SERTANEJA
Ponteio da viola, o hino brejeiro O som brasileiro saudando a nação Saúda o roceiro, que está na vanguarda soldado sem farda, herói do sertão!
HINO SERTANEJO (Tonico e Tinoco)
Quando nasci, ganhei uma sublime missão: cantar o que o povo sente, no compasso do coração. Fiquei amiga das rimas, das roças e vaquejadas, ajudei a descrever tanta terra abençoada morte e vida severina Entendi o amor das pessoas e a ele sou submissa, porque a vida é feita de sonhos, ideais e compromissos.
Amarro as coisas mais simples, com as cordas do violão. Já falei de seca, luar do sertão; já contei muitas histórias, cotidiano banal. Sou matuta, sou caipira, um rio em curso natural. Tem gente que não gosta, fala mal do que nem viu. Mas quem critica o que eu canto, não conhece o meu Brasil. (*2)
4o SETOR: FÉ E FOLCLORE - PIRENÓPOLIS
“Sou caipira, Pirapora, Nossa
Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda O trem da minha vida”
ROMARIA (Renato Teixeira)
Diante do rei, da rainha e princesas, cristãos e mouros partem para o campo de batalha. Nesta luta só existe uma certeza: não haverá mortos nem feridos. Ouviremos os estampidos que anunciam a cavalhada. Os mascarados fazem alarido, trazendo muita gente encantada.
O divino Espírito Santo Chegô aqui nesta morada Veio guiando a bandeira Na poeira das estrada Veio trazer sua bença Por nóis muito esperada
- DIVINO ESPIRITO SANTO (Inezita Barroso; Autores: Carlos Piavani, Canhoto, Torrinha e Antônio Boaventura)
Vem gente de toda parte, pagando promessas de toda sorte, desde os que brilham nas artes aos que escaparam da morte. Carregam cruzes, objetos de cera e se misturam aos que cantam na feira, corando beatas, bulindo mulatas, embalando os carreiros que vêm de longe, tocando a boiada.
A fé se multiplica numa irmandade de santos, acalentados por Maria e o sagrado manto. E lá vamos nós, pé ante pé, numa interminável romaria, que se espicha pela estrada em busca de uma estrela guia.
5o SETOR: FILHOS DE FRANCISCO... E HELENA
“Nesta longa estrada da vida Vou correndo não posso parar Na esperança de ser campeão Alcançando o primeiro lugar...”
- ESTRADA DA VIDA (Milionário e José Rico)
Todos querem conhecer a cidade onde nasceram os filhos de Francisco. Não o santo, mas o caipira que acreditava num sonho de verdade. Deu sanfona pro mais velho e uma viola ao irmão, rogando a Deus que tivessem o dom de encantar a multidão cantando as modas do sertão...
Estrearam num caminhão, depois na praça e na estação. Percorreram vilas e vilarejos. Mas como bons sertanejos se nada tinham nos bolsos guardavam a família no coração.
“Eu bem queria continuar ali Mas o destino quis me contrariar E o olhar de minha mãe na porta Eu deixei chorando a me abençoar...”
- O DIA EM QUE EU SAÍ DE CASA (Zezé Di Camargo e Luciano)
Longe de casa, enganando a dor, foram em busca da felicidade na terra do progresso, onde só vence quem é doutor. Os dois filhos de Francisco superaram sacrifícios com justiça e autoridade. Conquistaram o sucesso e venceram com louvor!
6o SETOR: OS FILHOS DO BRASIL
O Maior Espetáculo da Terra abre portas e cortinas, mostrando a saga sertaneja como aqui nunca se viu.
Vamos dar Flores em Vida a duas estrelas tão queridas, que iluminam o caminho dos novos Filhos do Brasil!
E quando me perguntam: Como é que eles conseguiram tudo isso, minha senhora? Quem foi que os abençoou? Ponteio na viola e tiro a voz lá do fundo, cantando pra todo mundo: Foi Deus, Nosso Senhor.... Porque Deus... é o Amor.
“É o Amor... Que mexe com minha cabeça e me deixa assim Que faz eu pensar em você e esquecer de mim Que faz eu esquecer que a vida é feita pra viver...
- É O AMOR (Zezé Di Camargo)
Pesquisa, Roteiro e Desenvolvimento: Cahê Rodrigues, Marta Queiroz e Cláudio Vieira
Em homenagem à Música Sertaneja, criada, composta e cantada pelos Filhos do Brasil.
(*1) – Verso extraído de “O Lavrador” (Nando Reis) (*2) – Os versos do 3o Setor (Música-Mãe Sertaneja) foram adaptados da letra de “A Minha História”, de Zezé Di Camargo
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